Umidade da Biomassa

Biomassa: Como economiza-la?

Biomassa - 03/02/2021

Você sabe como economizar a sua biomassa?

Há alguns anos, resíduos do agronegócio e das indústrias de base florestal eram considerados não mais que passivos ambientas. O armazenamento deste tipo de biomassa gerava preocupações e pagava-se para destiná-los à queima ou compostagem. Ou seja, biomassa tinha valor de mercado negativo.

Atualmente o material carrega consigo soluções ambientais – por ser renovável – e econômicas. A biomassa facilmente se encaixa na tão comentada economia circular: enquanto passivo para alguns, produto para outros. É esta dinâmica sustentável que torna a biomassa tão valiosa em diversos meios industriais e exige de quem a utiliza uma gestão extremamente consciente e proveitosa.

Considerando os comentários acima, cabe o questionamento: como economizar biomassa? Certamente o controle da qualidade da biomassa é a primeira resposta. Neste texto relatamos que o mais importante parâmetro a ser controlado nestes casos é a umidade e sugerimos que o controle seja realizado de forma rápida e representativa. Ou seja, através do M75.

A umidade está diretamente relacionada ao poder calorífico útil da biomassa (PCU). Saber qual é a umidade do material ou qual é o seu PCU implica em saber que quantidade de água precisa evaporar antes de o material começar a fornecer energia térmica. Conhecer o PCU da biomassa é um dos requisitos para cobrar pelo fornecimento do material, cobrar qualidade de fornecedores e quantificar energia armazenada em pátio.

A umidade na telinha de um medidor, portanto, é decisiva em todos os processos industriais que se sucederão após o descarregamento da biomassa no pátio. A informação será utilizada para:

a) qualificar, cobrar e ajustar preços com fornecedores;

b) classificar materiais no pátio (que porções serão destinadas primeiro à caldeira?);

c) decidir configurações e tomar decisões sobre a operação da própria caldeira;

e) prever quantidades de biomassa provida pelo departamento de compras e

f) o mais importante: conhecer a quantidade de vapor – ou quantidade de energia térmica – obtida a partir daquela determinada quantidade de biomassa. É por isso que o M75 é acompanhado de uma calculadora que sugere recompensas ou descontos no valor da tonelada do material comercializado.

A foto abaixo traz um exemplo da calculadora para corrigir o valor da biomassa. Nesta situação, foi contratada uma carga com 40 toneladas de cavacos de eucalipto (PSC de 4525 kcal/kg) a 40% de umidade (PADRÃO) e foram entregues 40 toneladas de cavacos a 50% (REAL).

A situação contratada (PADRÃO) implicaria em 24 toneladas de material seco, que gerariam 91,224 Gcalorias ao serem queimadas e apenas 16 toneladas de água “atrapalhando” a combustão. A situação REAL implica em apenas 20 toneladas de material seco, gerando apenas 72,020 Gcalorias. Esta diferença não é apenas de 10 unidades (de 40 para 50 % de umidade). A diferença é de 91 para 72 Gcalorias, ou 21,05 % a menos de calorias adquiridas. É este o valor sugerido para o desconto no preço da tonelada – que, de R$ 100,00 (acordados para 40%) passaria a ser R$ 78,95 (corrigidos para 50% de umidade conforme métrica energética).

A perda financeira por falta de controle ou métrica apropriada na compra de biomassa pode ser significativa; chegando a milhares de reais. Em uma indústria com consumo mensal de 3000 toneladas – supondo que quaisquer destes controles fossem ausentes em uma comercialização como a exemplificada acima e que a entrega dos caminhões se repetisse com 50% de umidade ao invés dos 40% acordados – a perda mensal seria de R$ 63.145,43.

Da mesma forma como a correção pode ser aplicada para a aplicação de descontos, é possível aplicar correções de bonificação nos casos em que a biomassa se encontra mais seca do que o acordado; o que contribui para a organização e qualificação de fornecedores. Obviamente a métrica para  a aplicação de descontos e bonificações é critério a ser estabelecido e acordado entre fornecedores e consumidores; mas de maneira geral é importante que esteja sempre fundamentada em quantidades de energia e não em quantidades de material. Somente desta forma é possível economizar a preciosa fonte de energia que tem se demonstrado ser a biomassa.

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Autora:

Elisa Pizzaia Goltz

Engenheira Industrial Madeireira (UFPR, 2014)

Mestre em Engenharia Florestal (UFPR, 2018)

Gerente de qualidade/técnica do laboratório Umilab na Marrari Automação


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